sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Como aliviar o fardo?

            Tenho ouvido tantos discursos inflamados sobre prosperidade, benção financeira e outros tipos de benção.
            Hoje, com toda a humildade que preciso ter, me pergunto: Porque sempre tentamos pintar nossa vida tão colorida? 
            Muitas vezes tentamos nos convencer que a vida está ótima, perfeita. Tentamos passar aos outros uma paz interior, que em muitas vezes nem está lá.
           
E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim. Jó 30:16”

Citado Jó como exemplo, não há mais discussões, temos sim nossos dias de aflição, nossos momentos de angústia, todos. Jó andava como Deus queria, porém era humano, e sofreu muito por sua doença e com frustrações.
Tenho notado, que na maioria das vezes, nosso sofrimento é fruto de nossas próprias escolhas, frustrações por nos firmarmos em pessoas que, com o passar do tempo, acabam por nos decepcionar ou mesmo caminhos que sabíamos que não iam nos levar a um bom lugar, mas mesmo assim insistimos em trilhá-los.

A questão toda não é sofrermos ou não. A questão, a meu ver, é não guardar tudo isso como se fosse feio demonstrar seus sentimentos aos outros, e falo não só das tristezas nesse caso, falo também das alegrias, do amor. Quanto tempo já não perdemos tendo receio de dizer um “Eu te amo” para um amigo ou pra alguém especial em nossas vidas? Quantas vezes sofremos sozinhos, e não quisemos compartilhar nossas lutas e dificuldades com aqueles que amamos?


Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante. Eclesiastes 4: 9-10”.

Tenho chegado a conclusão de que nossos dias passam muito rápido, os anos da nossa velhice não tardam a chegar, mas ainda perdemos nosso tempo sozinhos.
Como podemos dizer que estamos em Deus senão tivermos comunhão e amor por nossos irmãos?
Somos seres humanos dotados de sentimentos, Deus nos criou assim, por isso somos felizes e tristes, risonhos e chorões. Nosso coração muitas vezes não sabe pra onde ir, sim, temos um Deus que nos guarda, que nos consola e nos dá descanso, e é este mesmo Deus que nos ensina, na passagem que lemos acima, que é melhor se tivermos alguém ao nosso lado pra dividir a nossa carga. Creio que este versículo não se refere somente a um relacionamento conjugal, mas também de irmãos, de amigos.
Concluo dizendo: Amo meus amigos, e quero todos os dias da minha vida expressar meu amor por eles, e aconselho: Façam o mesmo!


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Malhação - TV Escola?

            



            Bom, hoje minha inspiração não me está ajudando muito, minha mente não está indo pra onde deve ir.
            O único e real motivo de eu estar escrevendo neste dia (noite), é minha perplexidade com alguns fatos que tenho acompanhado com nossos jovens hoje em dia.

            Andava eu nas ruas da cidade, ruas essas movimentadas e com grande fluxo de pessoas zanzando e carros invadindo as ruas, quase que invadindo as calçadas também. E no desenrolar dos raios ultra-imaginários de minha visão, sempre atenta e alerta, me deparo com um casal. Ele beirando seus 15 anos e ela não mais do que 12. Ambos pareciam uma pessoa só, tanta era a “afinidade corporal” entre os dois. Sei que até nem deveria ter prestado atenção na cena em que meus olhos fitavam, porém me foi de tamanho espanto aquela visualização que não pude me conter. Pude notar um beijo tão ardente, como se estivesse assistindo uma novela global, onde os artistas envolvidos insistem em frisar que aquilo tudo não passa de um beijo técnico. As mãos do rapaz se alastravam pelo corpo da menina com habilidade de um profissional, e todos passavam por ali como se aquilo não estivesse acontecendo.

            Vocês devem estar se perguntando: Isso é um conto erótico?
           
            Digo-lhes que não se trata de tal conto meus caros leitores, mesmo porque se trata de duas crianças envolvidas nesta história. E vendo isso me deparo com minhas lembranças, dos anos em que eu desfrutava da mesma idade dos dois “astros” dessa história, não que eu fosse um exemplo a ser seguido no auge de meus 12 anos, mas, como comentei com alguns amigos, fazíamos tudo mais escondidinho, mais na “camufla”!

            Bom, em resumo, o que quero dizer com tudo isso é que cenas como estas estão se tornando cada vez mais normais em nosso país. Eventos esses, apoiados, na maioria das vezes, pelos pais destas crianças. Costumam dizer: “É melhor que façam em casa do que na rua, ou em qualquer canto.” O problema todo, é que postura como esta dos pais, é que abre as portas para os filhos acharem que podem ter tantos parceiros quanto sua virilidade permitir. Se podem fazer em casa, porque não fazer nas ruas? Afinal, os pais apóiam, a TV apóia, a “Malhação” ensina e instrui os primeiros passos “beijatórios” e sexuais das crianças brasileiras.

            Será que estamos prestando atenção no que nossos filhos, sobrinhos, irmãos tem assistido na TV? O que dizem as músicas que foram postas no celular? Que sites nossos filhos tem acessado?
            Isso é invasão de privacidade? Não! Isso é cuidado com as pessoas que amamos, pois na adolescência é que se forma o caráter de um adulto. Queremos que nossas crianças cresçam achando que prostituição é profissão? Será que pegar 4 ou 10 por noite é normal? Na minha época dávamos nossos beijinhos escondidos sim, mas fazíamos sem que nossos pais soubessem, por que sabíamos que era errado “ficar”.

            Estejamos atentos aos pequenos, pois amanhã pode ser tarde pra tentar reverter caminhos escolhidos na adolescência...